O Choro das Carpideiras

A profissão de carpideiras já existia antes de Cristo e se estende, a saber, até os dias atuais. Nos dias do antigo Israel, essas mulheres eram contratadas para entoar canções tristes e chorar em ocasiões de falecimento de um amigo ou de um ente querido, como forma de transformar o último momento em uma situação ainda mais sofrida.


Em pé ou sentados no chão, homens e mulheres eram chamados a passar a noite inteira no velório. Com cânticos piedosos, benditos e orações intermináveis, o intuito era fazer com que os presentes ao velório, chorassem também. Além disso, acreditavam que esse ato auxiliaria os mortos a entrarem no reino do céu.

Em pé ou sentados no chão, homens e mulheres eram chamados a passar a noite inteira no velório. Com cânticos piedosos, benditos e orações intermináveis, o intuito era fazer com que os presentes ao velório, chorassem também. Além disso, acreditavam que esse ato auxiliaria os mortos a entrarem no reino do céu.

Não há no Brasil, documentos que possam comprovar a existência de carpideira profissional. Foram conhecidas em quase toda a Europa, Índia e África. No Brasil, a tradição de carpideiras espontâneas foi trazida pelos portugueses, junto com a colonização e a tradição de chorar, cantar, dançar e ter uma refeição dedicada aos mortos é possivelmente universal e milenar, e acontece até nos dias atuais.

 

A profissão é curiosa, mas é real, há relatos de que já exista há mais de 2 mil anos. Inicialmente, o pagamento não era feito em dinheiro, mas com bens dados pela família do defunto. Apesar do surgimento das funerárias com toda a pompa e sofisticação, as carpideiras ainda resistem bravamente às transformações do tempo. Mas são raridades.

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